NOTA OFICIAL |Agressão em Patos

Não é aceitável, em nenhuma hipótese, que um atleta de nenhuma agremiação seja agredido por ninguém. Se ele está em campo, é muito pior. Se é um atleta em formação, é ainda mais absurdo. Se a agressão parte de um membro de uma comissão técnica, nenhuma justificativa é plausível. E é absolutamente escandaloso imaginar essa agressão partindo de quem devia dar exemplo e ensinar.

Não há como relativizar o espetáculo de descontrole praticado por Júlio Cézar Alves da Silva, treinador da equipe Sub20 do Esporte de Patos ontem à noite. Para garantir isso, o Treze já tomou providências.

Até este momento:

• Já representou o profissional junto à Federação Paraibana de Futebol, solicitando a suspensão imediata do “profissional”, além de outras medidas cabíveis. Não é possível imaginar um agressor com tal grau de atrevimento e sem nenhum pudor de bater em um jovem, trabalhando tranquilamente na próxima segunda-feira à beira de um campo de futebol. É uma vergonha para os clubes, para a Federação, para o Estado;
• Já representou o profissional junto ao Conselho Regional de Educação Fisica. Certamente não é a mensagem que o Conselho tem o dever de passar, como entidade representante de educadores físicos;
• Já ofereceu suporte ao atleta Éverton, injustificadamente surpreendido por uma agressão em campo aos 18 anos de idade, tanto institucionalmente, repudiando a ofensa, como de suporte pessoal e psicológico, quanto jurídico, para que ele e sua família possam compreender a dimensão do que aconteceu e decidirem, se quiserem, tomar as providências legais que estiverem à sua disposição. Não foi um fato esportivo. Foi uma agressão, e se o atleta quiser, o clube lhe prestará suporte para que a reparação seja integral, em todas as esferas.

O Treze não aceitará meias-medidas.

Estas entidades e o esporte estadual não podem ser desmoralizados deixando um ultraje dessa grandeza simplesmente passar em branco, como se não houvesse acontecido.

O clube, o atleta, o esporte e a sociedade paraibana em geral já estão esperando respostas, rápidas e concretas.

Finalmente, uma mensagem muito importante para a torcida do Treze.

A partida de volta do confronto acontece na próxima segunda-feira, às 19h. Os nossos jovens precisam muito de vocês, mas precisam sobretudo que a Nação Trezeana mostre aquilo que o Sr Júlio Cézar Alves da Silva não conseguiu mostrar: equilíbrio, respeito, urbanidade. Os atletas precisam de incentivo, suporte, acolhimento. Precisam sentir a alegria e a paixão pelo Treze. Isso nunca será mostrado através de violência, que não é o caminho, não é a história, e nem é a linguagem do Galo da Borborema.

Precisamos que o futebol seja um espetáculo. Um espetáculo precisa de paz. A violência não tem lugar nem será tolerada pelo Treze Futebol Clube, e nossa torcida deve nos ajudar a dar esse exemplo em campo, para que possamos todos exigir, fora dele, que as instituições cumpram sua obrigação, punindo os responsáveis exemplarmente.

Afinal de contas, para as instituições a quem direcionamos as representações, deixar de agir em uma situação vergonhosa como essa com agilidade, significaria incentivar a violência e o desrespeito, que precisam ser banidos incondicionalmente de qualquer prática esportiva.